Nada fica de nada. Nada somos.
Um pouco ao sol e ao ar nos atrasamos
Da irrespirável treva que nos pese
Da humilde terra imposta,
Cadáveres adiados que procriam.
Leis feitas, estátuas vistas, odes findas —
Tudo tem cova sua. Se nós, carnes
A que um íntimo sol dá sangue, temos
Poente, por que não elas?
Somos contos contando contos, nada.
Ricardo Reis (Fernando Pessoa)
Na foto: Ana Pimenta & Verónica BernardoAna Pimenta nº3
3 comentários:
Apesar de triste Adorei o poema Ana e a foto está linda:)
beijº
Obrigada Carla! :)
Verónica!
A Tua bolacha esmigalhada tava dentro daquela bolsa! ^^
maravilha de bolacha... estava ali toda aconchegadinha e tudo, não admira tenha vindo inteirinha..=)
Beijinhos*
Verónica Fraga nº18
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