Na noite de consoada observei uma prima minha ( de 6 anos) a abrir entusiasmada mente e efusivamente todos os seus presentes... Gostou de todos!!! E cada vez que abria um começava a correr em volta da mesa, e mostrava a toda a gente a sua nova aquisição.
Isto vez-me lembrar a minha infância... Revivi cenas, camufladas na minha memoria, que curiosamente me despertaram sentimentos de tristeza e alegria...
Alegrou-me o facto de relembrar o esforço que os meus pais faziam. Tanto para nos comprar ( a mim e aos meus irmãos) o que pedíamos ou precisávamos, como para esconderem o que compravam. O segundo esforço era em vão, porque nós encontrávamos e abríamos antecipadamente tudo. Depois deixávamos igualmente tudo como estava, para eles não se aperceberem da nossa "corrupção" infantil.
Mas principalmente alegrou-me relembrar uma prenda que eu esperava receber, fosse ela qual fosse, logo que fosse dada por aquela pessoa. Tinha uns sete anos mas ainda me lembro perfeitamente dela: Era ma caixa em lata vermelha, oval, de chocolates da Nestle...
Entristeceu-me infelizmente relembrar, aquelas pessoas que me ofereciam algo só por obrigação ou troca. O mais deprimente é que eram as prendas de maior valor material só que longe de ganharem valor pessoal.
Depois de esta "busca" pelo passado recente, fiz um balanço da minha opinião sobre as prendas:Não importa o que é mas quem dá.
Este natal foi diferente e importante para mim. Gostei de ver um tio meu emocionado por receber um desenho de uma sobrinha. Adorei perceber que não se esqueceram, que se preocuparam e que gostam de mim. Amei ter preferido um beijo a uma prenda e ter ouvido e declamado um obrigado!
Se não fosse esta dor de dentes insuportável, diria que este natal tinha sido prefeito.
2 comentários:
"dar com todo o nosso coraçao"
:)
Amei Carla e concordo.
Realmente o que importa é quem dá e não o que dá, desde que o presente seja oferecido com amor e carinho o resto não importa...
Beijinhos gandes Verónica*
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