sábado, 6 de dezembro de 2008

Fome



Nuvens saem do fogão

para choverem com cheiro de galinha cozida

nas ruelas fedorentas

onde o vagabundo cata cascas de bananas

nas latas de lixo.



O cheiro de almoço

penetra fundo n'alma do faminto

que mastiga saliva insalobra

e chora lágrimas de sobremesa.



No gueto dos mundos

existe um quarto mundo!

mundo no quintal dos nababos

onde o bebê semi-morto

berra abocanhando a tetas secas e murchas

de uma mãe sem vida.

escrito por Marcos Pontes
http://aprenderaviverjuntos.blogspot.com/search?q=+cheiro+de+almo%C3%A7
o
Ao "passear " na Internet encontrei este poema. sobre as pessoas que passam fome.
Cativou-me!
É forte, mas contudo é verdadeiro e real...
Tenho pena destas pessoas, principalmente nesta época, a época natalícia, em que se vive numa espécie de fantasia anual(de uma semana)
Sou inútil em não as poder ajudar... Mas ainda sou mais inútil porque nem sequer o tento...
Quer dizer, eu como toda a gente, vamos apoiado-os e ajudado-os psicologicamente. Porque todos nós temos pena deles e proferimos discursos idealizados da desigualdade.
Só que isso não chega! Nem os alimenta nem lhes tira o olhar triste e desconsolado.
E o pior de tudo é que os restos e os desperdícios de algumas pessoas, podiam evitar a perda de seres humanos que se dão por vencidos, na luta entre a sobrevivência e a morte( de 3 em 3 segundos morre uma pessoa à fome)
Carla Vieira da Silva

3 comentários:

Anónimo disse...

esta imagem ate me arrepiou!!!
Possa!
visita o meu! =)
beijo NIKA

Anónimo disse...

a imagem ta mesmo coize :O


:S


bj

Anónimo disse...

Esta imagem está mesmo chocante!

:S