segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Os nossos 5 sentidos: Audiçao, Olfacto, Visão tacto e Paladar.

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1. O conhecimento é o acto no qual o sujeito e o objecto entram em relação e dessa relação resulta a afecção do sujeito pelo objecto e a apreensão do objecto pelo sujeito.

Quer dizer: o sujeito é de algum modo modificado ou estimulado pelo objecto ou pelas suas propriedades e o objecto é de algum modo apreendido pelo sujeito de acordo com as capacidades cognoscitivas deste.
2. Não é o objecto mesmo, mas sim uma sua imagem ou representação aquilo que o sujeito apreende.

Essa imagem tem de ter alguma relação com o objecto, mas não é o objecto mesmo: este é exterior ao sujeito e tem existência física e material autónoma, ao passo que a imagem tem existência mental e é imanente ao sujeito.
A consciência da distinção entre imagem e objecto de que é imagem pode ser-nos acessível na experiência do erro.


Muitas vezes nos ocorreu estarmos convencidos de que conhecíamos bem uma coisa e mais tarde advertimos que essa coisa era diferente daquilo que pensávamos.
A imagem refere-se ao objecto, mas este não se reduz às imagens que dele temos.


Por isso, não só são possíveis diferentes imagens e representações consoante os diferentes sujeitos, mas também são possíveis representações mais objectivas ou menos objectivas.

Nunca, porém, representações que coincidam totalmente com os objectos que representam.

3. A representação do objecto enquanto objecto conhecido é, pois, em larga medida uma construção do sujeito. Mas não uma construção arbitrária. É uma construção segundo o modo de percepcionar e de conhecer do sujeito e segundo o modo como este é afectado pelo objecto ou pelas propriedades deste.

Afirmar isto não significa dizer que então todo o conhecimento é relativo e absolutamente subjectivo. Estamos a falar do sujeito humano e os humanos têm um modo de percepcionar e conhecer que obedece aos mesmos pressupostos: por isso é possível entenderem-se quando trocam entre si as suas representações que se referem aos objectos ou a realidades que sabem ser exteriores a si próprios.

E, excluindo casos extremos de patologia perceptiva, o sujeito sabe distinguir quando a sua imagem é objectiva (isto é, corresponde às propriedades do objecto por ele captadas) e quando é meramente subjectiva, arbitrária ou ficcional.

Por conseguinte, a actividade do sujeito na construção da representação do objecto não exclui, mas antes exige, a transcendência do objecto em relação à consciência que o representa e a transcendência do objecto, considerado em si mesmo, relativamente ao objecto enquanto conhecido (ou seja, à sua representação na consciência). "

http://ocanto.esenviseu.net/apoio/conhcer2.htm


Marina Pedrosa nº11 11ºE

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