Um ano passou, muitas coisas mudarão, mas uma permanecerá firme:
A minha paixão por vampiros.... Eu deixo que digam que é uma obsessão infantil, deixo que digam que não tem nexo algum, mas não deixo que digam que está na altura de abandonar esse interesse....
Se repararem, os maiores best-sellers dizem respeitos a vampiros (Entrevista com o vampiro, Pandora, O Crepúsculo, Drácula); os escritores mais conhecidos começaram com histórias sobre vampiros (Anne Rice, Sthephanie Meyer, Bram Stoker); os maiores realizadores, melhores filmes, mais conhecidas séries, grandes actores estão relacionados, directa ou indirectamente, com vampiros (Francis Ford Copolla - realizador; Bram Stoker's Dracula, Dracula, Nosferatus -filmes; Bella Lugosi, Frank Langela, David Boreanaz - actores; Angel, Moonlight, Buffy - série)... Parece que quase tudo o que se econtra relacionado com arte, cinema, literatura, etc. deve, pelo menos uma vez, fazer nem que seja uma pequena referência à tão conhecida e sensual raça dos vampiros; o próprio Sherlock Holmes já contactou com vampirismo e o criador deste exímio detective foi condecorado pela Rainha de Inglaterra....
Mas porquê vampiros? Porque não esquecer o sobrenatural e dedicar-me ao real, ao verídico, é tão mais simples ser uma pessoa terra-a-terra, consciente de que nada existe a não ser a "podre" raça Humana, que, mesmo sem ter sido amaldiçoada pelo Demónio, continua a matar, a roubar, a mentir,.... Porquê? A resposta é simples:
Porque vampiros possuem aquilo que mais desejo neste Mundo: Vida eterna, logo, Juventude Eterna o que leva, indubitavelmente, a uma Sapiência Avassaladora... Queria conhecer o Mundo na sua totalidade, viver anos e anos percorrendo as suas estradas e ter noção das incríveis transformações sofridas pelas mesmas.... Queria fazer isso sem correr o risco de ficar entrevada numa cama, ou de perder a visão devido à gradual morte das células que constituem a córnea dos meus olhos, ou, e isto é o que mais me assusta, de perder as capacidades do meu cérebro, levando à perda de memória (que tanto prezo), à impossibilidade de escrever, de filmar (o Manoel de Oliveira tem 100 anos, mas isso é um caso à parte)... Já viram como seria poder praticar o bem durante séculos, já viram o que seria assistir à explosão do sol, já viram o que seria viver acontecimentos históricos na primeira pessoa ou ter tempos e tempos para ler livros e livros? Um sonho brilhante.... Mas, infelizmente, Vampirismo é algo que apenas existe entre ceitas mais extemistas, que acreditam piamente na existência de tão imperial raça. É certo que se comprovou cientificamente a existência de vampiros psíquicos que se alimentam da energia de seres humanos, mas considero uma forma de vampirismo pouco ortodoxa.
Na realidade, do meu ponto de vista, a palavra vampiro e os seres inerentes a ela não passam de uma metáfora, de uma sedutora metáfora.
Vejamos:
O Vampiro é um ser maléfico que se alimenta do sangue de humanos para sobreviver, vive eternamente, sempre belo, pratica o mal, não tem alma nem ressentimentos, até áqui tudo bem, mas, para contrabalançar tantas dádivas (excluo a parte da alimentação que não se afigura nada de muito agradável pelo menos para mim), acaba por enfraquecer com os anos, sempre solitário, sem sentir nada de nada, é um ser vazio de tudo que nem pela luz solar pode ser acariciado.
O que esta descrição nos diz é que, para alcançar a felicidade, devemos ser altruístas, bons, respeitadores, diz-nos também que a solidão não pode ser suportada durante muito tempo e que, por mais que o pacote do presente pareça delicioso, é preciso medir os contras do que nos é oferecido.... Mas o que considero mais flagrante no meio disto tudo, é a característica mais relevante dos vampiros: a imortalidade. Quase todos tememos a morte, e se não a tememos, pelo menos desejamos morrer tarde, muito tarde. O vampiro não morre, muito pelo contrário, até permanece belo eternamente, mas essa enchente de vida tem as suas contrapartidas, e são essas contrapartidas que nos dizem: resignem-se à vossa forma de vida, amem o ciclo natural da vida, abracem a morte, porque se for para ver os nossos amigos a morrer, se for para matar, se for para sofrer num vazio eterno, envoltos numa densa escuridão, mais vale sermos simples humanos...
Vampiro, Vampirismo, palavras sensuais, mas metáforas, simples metáforas que encantam, prendem, apaixonam, levam à fama, à obsessão,... Por isso todos se sentem hipnotizados pelos magnetismo dos vampiros, por serem misteriosos e únicos à sua maneira, e por libertarem o Homem da rotina que é a "normalidade", e isto leva-me a admirá-los acima de todas as raças sobrenaturais!!!!!
Aviso: Visiona o vídeo abaixo apenas quem suporta ver sangue...
Verónica Fraga nº18